Confissões de uma fã: Show do 1D

No dia 8 de maio sai de casa às 10 horas da manhã com a minha família para deixar a minha vó no aeroporto.  O trânsito estava horrível por causa da greve de ônibus, mas conseguimos deixá-la  no aeroporto e fomos direto para a Barra, onde foi o show. Chegamos lá por volta de 13 horas. A entrada do show não era a mesma para todos, por causa dos setores diferentes – arquibancadas, pistas e as premiuns – cada setor tinha seu portão e eu entrei pelo portão cinco, fiquei na premiun azul (\o/). Saí do carro tão nervosa que me esqueci de pegar as coisas que estavam com a minha mãe – água, biscoito, essas coisas -. Pensei que iria ficar na fila fora do local aonde seria o show, na rua, mas acabei ficando dentro do parque dos atletas. Assim que cheguei à fila, os meninos estavam fazendo a passagem de som, ouço o choro das inimigas, só que não dava para vê-los. O portão abriu umas 15 horas, passei na verificação de ingresso para ver se era verdadeiro e depois pela roleta, na hora que eu passei pela roleta foi quase Jogos Vorazes: “E que os jogos vorazes comecem” para poder ficar perto do palco.

 Passei pela roleta, sai correndo, olhei para os lados e os outros setores estavam muito cheios. Consegui ficar perto do palco e ao mesmo tempo perto da plataforma, só que quanto mais as pessoas iam entrando mais apertado ficava. Todo mundo queria ficar na grade. Estava tão apertado que estava impossível de mexer os braços, para respirar era necessário levantar a cabeça para pegar o ar gelado de cima, aí foi escurecendo e foi ficando cada vez pior. Muitas meninas passando mal e desmaiando. Quando deu umas 18:50 eu estava tão apertada que tive uma crise de choro. Não estava acreditando que esperei 2 anos da minha vida para vê-los e curtir o show, não estava acreditando que eu estava lá.  Estava tão imprensada de todos os lados que fiquei um tempinho com a cabeça baixa, quando eu resolvi levantar e olhei ao meu redor, estava no final da pista premin – lembrando que no início estava na frente  - estava no final da plataforma (o palco do meio).  Fiquei ali mesmo, dali eu conseguiria vê-los de pertinho quando fossem para a plataforma. 

Uma garota passou mal e o bombeiro foi tirá-la de lá, ele acabou puxando o braço dela que bateu no meu rosto e meu óculos ficou largo, tentei arrumá-lo e ele entortou e uma lente caiu no chão.  Não consegui abaixar para pegá-la... Enfim, comecei a chorar novamente. Eu não estava acreditando que aquilo estava acontecendo, meu óculos quebrou justamente naquele dia. Aí o P9 entro 19 horas e passei o show inteiro do P9 chorando. Pensei que os meninos iriam entrar 19:30,  me conformei que os veria do meu jeito míope de ser e vendo pelo telão, mas eles se atrasaram e entraram quinze para as nove. Minha cabeça doía, botei o óculos e fiquei com um olho aberto e outro fechado, por ter apenas uma lente. Quando eles entraram me esqueci que tinha perdido a bolsa e do óculos. Foi muito bom, realizei meu sonho, vi cada um deles de pertinho, mesma com todas as dificuldades. Foi um dos melhores dias da minha vida, porque o melhor dia será quando eu conhecê-los. Pulei e cantei muito.

O Harry tatuou Brasil na perna e caiu da escada, o Niall se emocionou quando começamos a gritar “Niall eu te amo” na música Little Things, eles estavam impressionados como nós interagimos com o show, o Liam teve que ser carregado no final do show por não querer sair do palco. O show acabou com muitos fôgos. Eu passaria tudo novamente, pois eles são a minha vida. Logo depois o pessoal que trabalha com eles falaram que fomos a melhor plateia que eles já viram em tantos anos de carreira. Os próprios meninos falaram que foi o melhor nessa turnê e eles podem até falar isso em todos os lugares que vão, mas no BR foi diferente, eles gostaram daqui e as gringas estão se corroendo pelo Harry ter tatuado Brasil – chupa gringada -. Nunca desista dos seus sonhos, porque mesmo com um olho aberto e outro fechado realizei o meu!

Texto por: Melisa Santos - 15 anos - RJ - Instagram